outubro 03, 2008

vão

vão
assim
os dias
diante
de mim

vão sim
ah! sim
longe
da tua mão

e estão
assim
legados
a ter fim

enfim
vão-se
ano
após
ano
vão

Sim
vão
No
vão
das horas da ilusão

Que são
meu são
vestígio
de razão
Pois não
Estão
perdidos num desvão

no chão
estéril
dessa tua mão

Que não
mais tem
meu pobre
coração

Que
não
Mais
pode
bater

não
sim
não
(2004)

2 comentários:

Ciro di Verbena disse...

Belo poema meu amigo...Estás cada vez melhor...Abraços...Ciro!

Ólöf disse...

Simple and deep... beautiful poetry.