A Annie Proulx
Às vezes me bate qualquer coisa no peito
Qualquer coisa a ver com isso de ser assim
Qualquer coisa a ver com esse alguém no meu leito
Ou alguém dizendo que isso é ruim
Uma lágrima que dos meus olhos não salta
Alguma coisa que o meu corpo assalta
E assim sigo eu com essa intensa falta
do que nunca tive e que nunca terei
Que caiam as máscaras
Que cesse o sofrer
Que se ocupe o mundo de apenas viver
Cale-se a morte e seus consortes se calem
Que grite esse ódio e aquele querer
Que morra esta culpa e aquela vontade
nasça como um vento que afaga e destrói,
que derruba e constrói sempre a seu bel-prazer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário