Eu sou
a chuva que inunda teu março
e põe tua tevê a boiar pelo chão de tua sala.
Eu sou
a ruazinha apertada
pela qual caminhas fogo morro acima,
enquanto tua vida desmorona água morro abaixo.
Eu sou
aquele pêlo que encrava em teu rosto,
que incomoda, que lateja,
mas que te delicias ao cutucá-lo.
Eu sou
o cheiro daquele incenso
que te eleva e que te leva daqui para um lugar qualquer.
Eu sou
- não o poema que querias que te escrevesse -
mas todo o silêncio que me toma ao pensar em fazê-lo
Eu sou
esse silêncio e tudo que o povoa.
Sou bicho,
Sou mato,
Urbano
Mulato
Que dessa janela - praia ou favela -
te pensa.
Eu,
no findar das contas,
sou aquele poema que sei que ainda me hás de escrever.
3 comentários:
Fala André! Blz?
Obrigado por comentar no meu blog, foi um episódio raro e emocionante, mal pude conter tamanha alegria.
Olha, é verdade, precisamos marcar alguma coisa, quem sabe dá pra matar aula numa dessas noites e aí a gente se junta.
Mantenha contato! Grande abraço!
Oi professor André, td bem?
Adorei seus poemas, säo maravilhosos...
De coracäo....
Parabëns, näo sabia q vc era täo talentoso....
Bjs da sua queridinha Aluninha...
Em um dia, meio cinzento, meio frio, encontrar um eco perdido na selva cibernética é tudo que se precisa para continuar seguindo em frente.
Postar um comentário